Luciano Correa conquistou, neste domingo (21), no IJF Grand Prix de Düsseldorf, a sétima e última medalha do Brasil neste início de temporada européia. Depois de quase 20 dias em viagens e competições pelo Velho Continente, a delegação brasileira conquistou dois ouro, três pratas, dois bronzes, além de seis quintos lugares. A equipe masculina retorna ao Brasil nesta segunda-feira (22), enquanto o time feminino segue em treinamento de campo na Alemanha. Um novo grupo de atletas viajará para torneios a partir do Grand Slam de Moscou, em julho. Antes disso, haverá o Campeonato Pan-Americano, o Grand Slam do Rio de Janeiro e a Copa do Mundo de São Paulo, todos válidos pelo ranking mundial.
“Tivemos um começo de ano bem superior ao do ano passado. Mas ainda não temos nossos atletas desempenhando a 100% de suas capacidades”, avalia o coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson. “Além de poder nos comparar aos demais países, nosso objetivo nesta primeira série de competições era nos adaptar às novas regras da Federação Internacional de Judô. Esse objetivo foi cumprido”, comenta o coordenador, lembrando que duas atletas brasileiras (Maria Suellen e Mayra Aguiar) foram penalizadas por pegar na perna das adversárias, o que agora é proibido.
O meio-pesado Luciano Correa foi o atleta mais regular do Brasil nessas três primeiras competições, com um quinto lugar no Grand Slam de Paris, uma prata na Copa do Mundo de Viena e um bronze no Grand Prix de Düsseldorf. Na semifinal na Alemanha, o campeão mundial de 2007 foi derrotado por Takamasa Anai, atual líder do ranking mundial.
“Cheguei aqui querendo ter a chance de me confrontar com ele (Anai). Foi uma luta muito difícil e quero revê-la muitas vezes para avaliar meus erros. É importante poder confrontar com quem está bem no momento. Fiz um bom número de lutas em todas as competições, e esse também era outro objetivo meu para poder pegar ritmo”, disse Luciano. “Vou chegar ao Brasil e dar muita ênfase à parte técnica para, a partir de maio, quando começa a valer a pontuação para o ranqueamento Olímpico, eu estar em condições ainda melhores. De todo modo, a regularidade que vim mostrando neste começo de ano será fundamental para tentar uma vaga em Londres. E esses resultados até agora me motivam bastante”, acrescenta Luciano.
O Brasil subiu ao pódio em primeiro lugar com Leandro Guilheiro (81kg, Grand Slam de Paris) e Mayra Aguiar (78kg, Copa do Mundo de Budapeste); em segundo lugar com Luciano Correa (100kg, Copa do Mundo de Viena), Walter Santos (+100kg, Copa do Mundo de Viena) e Sarah Menezes (48kg, Copa do Mundo de Budapeste); e em terceiro com Tiago Camilo (90kg, Grand Slam de Paris) e Luciano Correa (100kg, Grand Prix de Düsseldorf). Os quintos lugares foram de Luciano Correa (100kg, Grand Slam de Paris), Sarah Menezes (48kg, Grand Slam de Paris), Alex Pombo (66kg, Copa do Mundo de Viena), Tiago Camilo (90kg, Copa do Mundo de Viena), Mayra Aguiar (78kg, Grand Prix de Düsseldorf) e Maria Suellen Altheman (+78kg, Grand Prix de Düsseldorf).
“Nossos atletas mais experientes tiveram um bom desempenho, dentro do que esperamos. Já os mais jovens ainda precisam evoluir para atingir o melhor nível internacional, e é em busca disso que estamos trabalhando”, avalia o treinador da equipe masculina, Luiz Shinohara, destacando o meio-leve Alex Pombo como o destaque da nova geração. “Ele rendeu bem nas competições e nos treinos”, acrescenta.
“No feminino, viemos com um time bastante jovem. Foi a primeira temporada internacional da Mayra no 78kg, por exemplo. Já no pesado, faltou experiência à Suellen para vencer a luta contra a alemã nas quartas-de-final, quando estava vencendo por waza-ari. Estamos confiantes no que vem sendo feito e nos resultados que vamos conquistar ainda”, comentou Ney Wilson.
Nenhum comentário:
Postar um comentário